Características: Pode ser encontrada em toda a região
norte e parte do centro-oeste (Goiás e Mato Grosso), na bacia Amazônica e do
Araguaia-Tocantins. Vivem em canais de rios, várzeas e igapós, tanto em águas
negras como claras. Durante o dia costumam se aquecer ao sol, próximas à
superfície. Em alguns locais, chegam a colocar nadadeira dorsal fora da água. A
Pirarara hábito alimentar onívoro. Comem quase tudo: frutas, caranguejos, aves,
tartarugas e, principalmente, peixes. Alimentam-se também de restos de animais
mortos e peixes em decomposição.
As principais características são as cores, no dorso variam do marrom ao
preto. A predominância do amarelo ao creme é característica do ventre. Cauda
truncada, facilmente identificada pela sua cor vermelha-sangue. Alcança pouco
mais de 1,2 metros e 70 kg. Possui três pares de barbilhões, um na maxila e
dois na mandíbula. Muitas vezes, assim que retiradas da água, emitem altos
bufos que começam graves e terminam agudos. São emitidos pela passagem do ar da
cavidade bucal pelos opérculos.
Dicas para pescá-la: a pesca mais usual é feita com iscas
naturais. Em situações especiais, podem ser pegas com artificiais, pois, quando
estão em áreas rasas, atacam colheres e plugs de meia água. As iscas naturais
mais comuns são Piranhas, mas comem quaisquer peixes ou seus pedaços. A melhor
hora para capturá-las é no início da noite, sempre regiões rasas, quase
beirando estruturas submersas e praias com água corrente. O material usado deve
ser basicamente pesado pelo tamanho que atingem, com anzol de 8/0 a 10/0. Perto
de estruturas (maioria dos locais), use no mínimo uma linha 0,90 mm, vara inteiriça
de fibra e carretilha pesada. Uma Pirarara de 20 kg tem força suficiente para
estourar uma linha de 120 mm, basta a linha travar. Deixe o peixe correr um
pouco antes de fisgar. Os rios quando estão em seu leito normal ou em alguns
rios que não extravasam o leito proporcionam pesca durante o ano inteiro.